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"O Vinho e a Poesia - ou uma viagem etílica pelo erotismo poético"

                                                                       de Fernando Sales Lopes

Ninguém sabe quando, e o­nde, o vinho apareceu pela primeira vez para prazer dos homens, como não se sabe quando é que as palavras se transformaram pela primeira vez em poema.

Talvez no mesmo dia, no mesmo sítio e à mesma hora. Quando o homem ao provar o néctar, soltou palavras que o transcendiam como se fossem palavras dos deuses.

Quando os seus pensamentos subiram até às moradas impenetráveis. Aos mundos até então, inacessíveis a esse homem cabisbaixo, olhando o chão, escondendo-se quando o sol se punha. A esse homem Isolado, triste, amedrontado. Animal e só animal!

Então, o milagre aconteceu, e bebendo pelas próprias mãos da seiva divina, ergueu os olhos para os céus, partiu para as estrelas falou com a Lua e disse Amor! E outras coisas incompreensíveis para aqueles que ainda não tinham provado da fonte dos sonhos.Amor, num linguarejar qualquer, em qualquer vale ou montanha, nas estepes, ou nos desertos, à beira dos rios, no infinito dos oceanos!

E o animal fez-se Homem!

A vinha! O Vinho e a Vida! Leia-se, diga-se vida como sinónimo de poesia, e eis a trindade imanente da terra, do sol, do espírito!O homem completo. O homem que sonha rompendo as fronteiras do Universo. Sem limites, sem empecilhos morais, ou outros que tais.E o poema nasce, cresce, vive-se ama-se, percorre o corpo, debilitando corações, em cérebros toldados, inebriados por Baco, Dionísio, e todos os deuses e deusas de todos os olimpos da Terra.

Afrodite, Vénus, à frente deste desfile. Eros!

O Mundo, pois, que viu nascer o elixir do amor, da palavra feita poema. Venham daí os poetas! Dizei-nos do Vinho e do Amor:

(?) Beija-me na boca oh meu amado porque os teus beijos são melhores que o vinho

(?) A tua mão esquerda sob a minha cabeça A tua mão direita nos meus seios

Quem seria este poeta sem nome que da Terra Prometida, deixou registado no Cântico dos Cânticos, esta maravilha: O Vinho na gradação do prazer?

Ou, este outro um anónimo, também, que no Egipto em estranhos hieróglifos, colocou na boca dela, as palavras a seu amado:

O teu amor penetra o meu corpo Como o vinho a água Quando a água e o vinho se misturam

E é a água e o vinho, ainda, e mais uma vez a hipérbole de Anacreonte que na Grécia semeia o poema, como uma resposta:

Traz a água e o vinho e coroas De flores que agora com Eros Me debato?

De novo amo e já não amo Deliro e não deliro Estou louco e não estou louco

Mas se o vinho nos abre mais ao Amor e se transforma em Vénus, é ele também que nos mantém jovens, pelo menos Ovídio, na antiga Roma, a ele lhe atribui eterna juventude e elixir de êxtases:

(?) O vinho torna os corações receptivos ao amor Com as libações frequentes desvanecem-se as rugas da fronte e as dores (?) Baco repele os artifícios Os corações dos jovens deixam-se cativar pela beleza Depois do vinho Vénus é fogo sobre fogo

Fogo que arde sem se ver, e fogo que nos faz ler pensamentos, adivinhar desejos e intenções:

(?)Dizem-me: ?Não bebas mais, Khayam!" Eu respondo: ?Ao beberouço o que me dizem as rosas as túlipas e os jasmins Escuto mesmocc aquilo que a minha amada não me pode dizer?

É persa este poema, de Omar Khayam.

E um saltinho à Península Ibérica, mais propriamente a Andaluzia, o­nde Abu-Al-Walid Ismail Bem Muhammad, escreveu, talvez para uma escrava que o terá deixado escravo, como o nosso épico disse ter ficado de Bárbara. Ouçamo-lo, com o Guadalquivir e o alaúde em fundo?

(?) Quando ofereces aos convivas Como o copeiro que serve taças em redor O vinho das tuas maçãs do rosto Não hesito em bebê-lo

Porque a este vinho o fazem generoso Os olhos dos que te fazem ruborizar Enquanto ao outro o fazem generoso Os pés dos vindimadores

Da China a definição das Virtudes, na métrica perfeita da quantificação da felicidade e da conquista do Mundo.

Assim escreveu o velho Mestre Li Bai:

(?) Incomparáveis as virtudes do vinho Puro ou terno como os homens e o seu coração Com três copos conquistamos a felicidade Mais três copos: temos o universo na mão

Do Lago mediterrânico à China.

Do Cântico dos Cânticos à Lua Cheia de Y. K. Centeno. Para terminarmos esta viagem pelo Vinho e a Poesia, em Portugal:

Dá-me vinho meu amor dá-me vinho vinho pela tua boca

deita-me junto ao rio abraça-me contra a terra abraça-me dentro de água

mas dá-me vinho dá-me sem parar hoje quero ser tua

da maneira mais louca
Дата
Источник Prova de Vinhos
Автор José Goulão from Lisbon, Portugal

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